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Mostrando postagens de agosto, 2025

3. Base Teórica do LM (Parte II): Contradições

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Contradições e Desenvolvimento Por Marco Antonio Pereira Querol Como mencionado na postagem anterior, a base do Laboratório de Mudança está fundamentada na Teoria da Atividade e na dialética materialista, que é uma forma de pensar, compreender o mundo e as mudanças que nele ocorrem. Dentre os princípios da dialética materialista, destaca-se o princípio da contradição. A pressuposição dessa abordagem filosófica é que vivemos em um mundo em constante movimento, impulsionado por contradições. A contradição é a essência de tudo. Todos os elementos são formados pela união de opostos, e são essas forças que promovem as mudanças e o desenvolvimento do mundo. O termo “contradição” é muito utilizado no cotidiano, mas na Teoria da Atividade trata-se de um conceito específico, que precisa ser diferenciado. No uso cotidiano, assim como em muitas pesquisas, contradição é entendida como sinônimo de problema, conflito, falta de algo, limitação, barreira, distúrbio, dilema ou paradoxo. Nesses casos, ...

2. Base Teórica do LM (Parte I) : Sistema de atividade

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O sistema de Atividade (Parte 1) Por Marco Antonio Pereira Querol Está é a primeira de uma série de postagens sobre a base teórica utilizada no Laboratório de Mudança. Aqui pretendo responder as perguntas:  O que é uma atividade? Qual é a sua estrutura? Do que é formada? Quais são as possíveis formas de colaboracão que existem?   A teoria que sustenta o método do LM é uma das partes mais desafiadoras, mas também uma das mais empoderadoras da ferramenta. Diversos textos já foram escritos a respeito (Querol et al., 2011; Virkkunen & Newnham, 2015; Querol & Seppänen, 2020). No entanto, ainda carecemos de explicações didáticas voltadas a pessoas que têm contato com a abordagem pela primeira vez. Esta postagem busca suprir essa necessidade. Mas afinal, qual é essa base? Como você talvez já tenha ouvido, o Laboratório de Mudança fundamenta-se na Teoria Histórico-Cultural da Atividade. Nessa perspectiva, a unidade teórica básica de análise é o sistema de atividade....

Max Bennett: Uma breve história da inteligência

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  A evolução da base cognitiva do aprendizado: um resumo de Max Bennett Por Marco Antonio Pereira Querol  Esta postagem tem por objetivo apresentar o surgimento da estrutura cognitivas e do aprendizado, desde os primeiros animais até os seres humanos. Meu argumento aqui é que para entender a fundo o comportamento humano e em especial a aprendizagem social, é importante entender a sua base biológica evolutiva. Dentre as perguntas básicas que esta publicação visa responder destaca-se: quais são as funções cognitivas presentes entre os humanos?  Quando e por que elas surgiram? Como elas afetam o nosso comportamento?  A necessidade de entender a base e origem das funções cognitivas  Na Teoria da Atividade, a unidade básica para entender as funções cognitivas superiores e comportamento humano complexo é uma ação humana mediada por artefatos culturais e por outros sujeitos. Leontiev, aluno de Vygostky, vai um passo adiante sugerindo que a unidade básica de a...